Luciano Maia Luciano Maia

Talareando

Depois de apertar a cincha
Num cavalo de confiança
Firmando as rédeas na trança
Alço a perna sem receio
Porque de cima do arreio
O tempo passa tranqueando
Assim me largo assoviando
De alma leve, campo a fora
Batendo estribo e esporas
Talareando, Talareando

O laço bate na anca
Do pingo bueno de encilha
Doze braças em rodílias
Pra garantir meu sustento
Pois quando desato o tento
Rasgo armada e reboliando
Estendo a vista espinchando
O braço em rumo certeiro
Apeio, curo terneiro
Depois sigo Talareando

Vou cruzando a invernada
Num tranco de recorrida
Ritual campeiro na lida
Do dia a dia da estância
Rondando tempo e distância
As horas vão camperiando
E passo o dia lidando
Pra atender o serviço
Honrando meu compromisso
Assim no más Talareando

Vou cruzando a invernada
Num tranco de recorrida
Ritual campeiro na lida
Do dia a dia da estância
Rondando tempo e distância
As horas vão camperiando
E passo o dia lidando
Pra atender o serviço
Honrando meu compromisso
Assim no más Talareando
Assim no más Talareando

Quando partir deste mundo
Na direção do sem fim
Quero seguir bem assim
Pelos caminhos da alma
Além da vida com calma
No rumo certo andejando
Duas estrelas brilhando
Serão meus garrões no céu
Campeando o Deus alo-léu
Talareando, Talareando

Vou cruzando a invernada
Num tranco de recorrida
Ritual campeiro na lida
Do dia a dia da estância
Rondando tempo e distância
As horas vão camperiando
E passo o dia lidando
Pra atender o serviço
Honrando meu compromisso
Assim no más Talareando

Vou cruzando a invernada
Num tranco de recorrida
Ritual campeiro na lida
Do dia a dia da estância
Rondando tempo e distância
As horas vão camperiando
E passo o dia lidando
Pra atender o serviço
Honrando meu compromisso
Assim no más Talareando
Assim no más Talareando
Assim no más Talareando